quarta-feira, setembro 06, 2006

Essa vida é um Churrasco...

Álgebra, Cálculo Numérico e Análise Matemática

A certeza do meu mais brilhante amor… foi ir perdendo o entusiasmo cada vez mais ténue. Perdido no meio de noites escuras e sabor a álcool na boca.
Criamo-nos uns à imagem dos outros como se houvesse uma fórmula de sucesso que nos permitisse ser felizes.
Mas como poderemos adoptar esse paradigma se somos diferentes na essência?
A felicidade pode-se traduzir em pura matemática? Quem atingir mais objectivos ganha, quem não sofrer perdas e se esquivar de frustrações pode mesmo aspirar a ser feliz. A partir daqui pode ostentar sinais de bem-estar interiores e exteriores, dar conselhos e indicar o caminho certo aos que caminham errantes em sentido diverso e aleatório.
Assim como na matemática há quem tenha queda e quem não tenha. Apesar de ser simples e ser regido por qualquer axioma lógico. Somar namoradas, subtrair empregos, dividir amigos e multiplicar família pode ser bastante complicado.
Ao invés da linearidade dos números, temos pessoas, relações… tudo exponenciado pela função logarítmica dos sentimentos.
Baseadas nas operações mais básicas que aprendemos a realizar na criminosa idade de 6 ou 7 anos, há vários factores inerentes que nos perturbam e nos fazem divergir.
Turva-se a vista, tremem as pernas… aperte-se-nos o peito que parece explodir.
Pode então ocorrer que os sentimentos, os sentidos e os desejos não se coadunem com a simples operação da soma, divisão… muito menos com a complexidade da raiz quadrada. A trigonometria do amor pode andar longe do real e nem ter nenhuma solução admissível CQD( Como se Queria Demonstrar).
Mais sensatamente podemos viver os momentos, somar tudo em minutos e deduzir quantos deles foram passados com o nó no peito, quantos deles passaram sem passar, perdidos nos dias iguais, sem entusiasmo, sem sonhos nem ideias. Quantos teremos passados sozinhos, absolutamente sozinhos perdidos em conjunto vazio, sem amigos, família ou algo que nos pudesse valer.
Por outro lado quanto da nossa vida foi passada a sonhar, a dormir com a pessoa amada, a rir ao lado daqueles que tomamos por seguros. Quanto do nosso precioso tempo foi gasto em abraços profundos de certezas, em beijos prolongados, em festas no nosso cabelo. Passado todo este tempo qual a relação de tempo entre os minutos dançámos e os minutos que chorámos?
Qual será a relação entre o tempo que gastámos a rir e o tempo que perdemos a estudar? E depois de chegar aos resultados, haverá alguma tabela que nos indique um grau de 1 a 5 se somos felizes?
Voltamos à matemática e reduzimos todas estas variáveis em sistema de equações? Ainda não tive tempo de o fazer mas creio que por mais elementos, variáveis e médias ponderadas que se introduzisse o sistema seria sempre indeterminado ou pelo menos de solução múltipla.
De que vale ter a perfeita consciência que o mais importante é ser feliz? Se não há maneira absolutamente nenhuma de quantificarmos se estamos a atingir objectivos, se somos ou não felizes.
Ou será a felicidade momentânea, uma questão temporal limitada e fechada?

Qual foi o ano mais feliz da tua vida?

Será que viver é só andar aqui? Passam os dias, vão-se os amigos, vêm amores…
Rotinas… trabalhar, sair, dormir…trabalhar, dormir…sair…
Até que ponto é que somos agentes activos dentro dos nossos próprios dias?

Quanto da tua vida é que está na tua mão?

1 comentário:

Anónimo disse...

Não é preciso quantificar, muito menos que seja visível aos olhos de outros ... só é preciso sentir!
este é o segredo, independentemente se o vais sentir 1 dia, uma semana ou 1 mês.
Importa apenas que continues a sentir!
"Quem és tu de novo?"

B